sábado, 31 de dezembro de 2011

2011... Retrospectiva, ilusões perdidas e algumas expectativas

Sempre depois de assistir a programas de retrospectivas fico me perguntando se um dia eu vou conseguir fazer algo parecido, mas com a minha vida. Queria condensar tudo que me aconteceu em 2011, com as devidas proporções e inspirações de cada fato marcante. Mas sempre deixo algo de fora... Mas, numa teimosa tentativa, estou eu aqui, vamo ver no que vai dar...
Comecei 2011 com um peso enorme no coração para tomar algumas decisões. Aliás, se esse ano tivesse um tema, talvez fosse algo assim: o Ano das Decisões. Acho que não só pra mim, mas creio que 2011 foi um divisor de águas na vida de muita gente que conheço e nas mais diversas áreas.
Diferentes direcionamentos, alguns sonhos frustrados, planos que não saíram do papel. Também inusitados reencontros, algumas descobertas e surpresas grandes e pequenas. Crises. Rompimentos. Alegrias. Turbilhão de emoções e sentimentos. É, 2011 foi um ano e tanto!
Depois de cinco anos morando numa agência missionária, viajando pelo Brasil afora, implantando projetos, desenvolvendo comunidades carentes, conhecendo pessoas e suas histórias, volto à carreira jornalística – da qual, no íntimo, nunca me separei. Voltar ao jornal A Tribuna não foi planejado. Não foi nem sequer desejado, mas estou muito feliz, principalmente da forma como tudo aconteceu. “A menina entusiasmada que corria em busca da manchete policial voltou, reformulada, mas com a mesma essência”, ouvi de um colega de trabalho que me descrevia durante uma confraternização.
Foi difícil deixar a base da Jocum. Acho que no fundo continuo ligada pelo DNA, mas não estar mais lá deixou em mim um buraco, difícil de ser preenchido. Os últimos cinco anos foram os mais fascinantes da minha vida e, no início, fiquei apavorada com a possibilidade de viver distante de tudo que eu passei nesse tempo. Mas, sei que a decisão de atuar num outro campo foi certeira.
De carona também decidi ter uma vida cristã mais simples. Fora da instituição e longe de ritos e títulos. Decidi apenas caminhar com Cristo. Sendo motivada apenas por Ele para fazer e não fazer. Permitir que Ele me fale ao ouvido. Ser a igreja, tão amada! Também não foi nada fácil me desligar da instituição religiosa a qual fazia parte há 11 anos. E apesar de ter convicção de estar fazendo a coisa certa, foi um processo bastante traumático. Sobretudo por amor às pessoas. Muitos relacionamentos foram perdidos, outros estão em stand by. E eu chorei, chorei muito.
E se for pra falar de lágrimas, também chorei de solidão, também chorei de raiva, também chorei de amor... Meu coração, insensato, fugiu de mim e foi passear em terreno perigoso, no campo da paixão. Eu disse para ele não ir, mas teimoso que é não quis ouvir o conselho da razão. E, como já era de se esperar, voltou miúdo, diluído em mil pedaços. Solitário, ferido e sem esperanças...
Se pudesse dividir minha vida em quatro estações, talvez essa experiência seria o “meu outono”. Amor não correspondido consegue deixar o clima cinza, o vento frio, as folhas mortas ao chão... É triste e ruim, mas foi só o início do inverno que ainda haveria de vir.
E no “meu inverno” eu briguei com Deus. Fiquei dias sem falar com meu melhor amigo... Fiz pirraça, bati o pé, fiz biquinho e me escondi (é possível?). Queria respostas, explicações, satisfações... Tudo que eu não tenho direito, mas que meu orgulho exigia. E por não compreender, fiquei magoada e me afastei.
Estava em crise. Uma tempestade de neve se formou dentro de mim. A liberdade que tenho hoje não é só boa. Ela traz na mala também responsabilidades. E administrar tamanha luz às vezes se torna complicado. Minha mente sabe o que é certo, mas meu coração é teimoso. Como vencer essa enorme distância de 30 cm entre minha mente e meu coração?
Mas, em meio a um tenebroso inverno, embarquei na aventura de conhecer e experimentar profundamente o amor de Deus. Sem religião, apenas o amor de Deus. Comecei com medo, mas acreditando no amor que lança fora todo o medo. Tenho encontrado a porção exata capaz de preencher o vazio, curar a ferida e perpetuar o meu sorriso. Tem sido uma jornada interessante, de descobertas e de esperança, mas que está apenas começando... São apenas os primeiros raios de Sol da primavera.
Não posso negar que 2011 também me trouxe muitas alegrias. Conheci pessoas fantásticas, pude aprofundar amizades antes superficiais, compartilhar de momentos incríveis... Matei a saudade de amigos longínquos, me regozijei em colocar minhas habilidades, dons e talentos em prol de nobres projetos, tomei sorvete, fui ao cinema, brinquei com crianças, eu sorri. E por muitas vezes não segurei o sorriso de menina na vida de mulher madura que ainda estou a me acostumar.
Não tenho muitos planos para 2012 a não ser que seja verdadeiramente um Ano Novo, NOVO! Não quero insistir em andar em caminhos que não merecem ser percorridos. Também espero ter aprendido com os erros deste ano. Quero falhar menos. Mas se ainda assim eu errar, vou me perdoar. Prometo! Quero ter uma alegria plena e uma vida de significado, seja qual for a estação.
Se estou preparada para 2012? Não sei. Estou de tênis: pronta para caminhar. Também estou leve: larguei a bagagem pesada que 2011 me trouxe. Estou disposta: não vou parar. Estou viva: então, por maiores que sejam os desafios que 2012 me propõem, ainda há esperança. E sempre haverá... =)
E que essa esperança nos acompanhe durante todo ano. Amém!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Lia, Jacó e Raquel. O amor do ponto de vista da preterida

Por diversas vezes já ouvi e li sobre a história de amor de Jacó. E sempre a ênfase era na paciência de Jacó, em como ele suportou esperar e trabalhar pela mulher que amava, a Raquel. Mas ao contrário do que normalmente ouvimos, essa não é somente a história de amor de um casal. Há uma terceira pessoa, que sempre é esquecida nessa história. E é Lia que hoje me chama a atenção.
Lia e Raquel eram irmãs. Lia era a mais velha. É descrita como uma pessoa meiga, mas de olhos sem brilho. Não sei porque a descrevem assim. Talvez seus olhos não tinham mais o vigor da juventude ou a esperança de outrora. Raquel, a mais nova, era bonita. Bonita e atraente. Por ela Jacó se apaixonou e por ela prometeu trabalhar de graça para o sogro por sete anos.
Jacó era esforçado, trabalhador... E não demorou muito para dar muitas riquezas ao esperto e astuto sogro Labão. O rebanho dobrou, a fazenda produzia mais... Aos olhos de Labão tudo havia prosperado depois da chegada de Jacó. E seria bom se continuasse assim, afinal, ele estava enriquecendo.
Mas o prazo de sete anos estava terminando. Ele teria que entregar a sua filha como pagamento e Jacó iria embora cuidar da sua vida. Então, numa jogada estratégica, na noite do casamento, sem que Jacó percebesse, Labão entregou para Jacó sua outra filha, a mais velha, Lia.
Não sei se Jacó estava bêbado quando se deitou naquela noite. Mas fato é que ele só foi perceber a troca no outro dia. O casamento já tinha sido consumado, não havia como devolver Lia e pegar Raquel. Então, por mais sete anos, prometeu Jacó trabalhar em troca de Raquel. Ele ficaria com as duas irmãs.
Uma semana foi o tempo que separou o primeiro do segundo casamento. Era, para Lia, só o início de um pesadelo. Ninguém poderia imaginar que a atitude egoísta de um homem ambicioso como Labão provocaria tanto sofrimento, competição e humilhação para toda uma família. Todos sofreram, mas talvez quem mais tenha padecido foi Lia.
Ela era rejeitada. Não tinha o amor do homem a quem amava. Quando Deus viu que ela era desprezada, concedeu-lhes filhos. Então, ela começou a engravidar, numa tentativa desesperada de chamar a atenção do seu marido para si. “O Senhor viu a minha infelicidade. Agora, certamente o meu marido me amará”, disse ela ao ter nos braços o primeiro bebê. “Porque o Senhor ouviu que sou desprezada, deu-me também este”, era o segundo. “Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos”, encheu-se de esperança, Lia, ao dar a luz ao terceiro.
Na cultura judaica, uma mulher é considerada abençoada quando consegue encher a casa de filhos. É como se fosse a prova da felicidade. Porém, nem todos os filhos que Lia deu a Jacó fizeram com que ele a notasse. E olha que foram seis, fora outros dois de sua serva. Mas ainda no sexto ela deixava claro que a atitude de Jacó não mudara para com ela: “Deus presenteou-me com uma dádiva preciosa. Agora meu marido me tratará melhor”.
O apelo do coração desta mulher era para receber amor, ainda que fossem migalhas... Ela ansiava receber atenção, carinho, afeto, cuidado... Amor!
Penso em Lia e vejo como há tantos exemplos dela nos dias de hoje.
Quantas meninas não engravidam de propósito alimentando a ilusão de que serão mais amadas e respeitadas por seus companheiros depois do nascimento dos filhos? Quantas não acreditam que salvarão o casamento dessa forma? Quantas outras não estão neste momento se preparando para vender o corpo por alguns trocados por achar que é a única forma de ser amada por um homem? Quantas não estão tramando o mal na tentativa de receber atenção, de ser notada, de ser amada? Quantas vivem a suspirar pela chegada de um príncipe encantado? Quantas não se matam ou não se jogam num leito de depressão após uma decepção amorosa? Quantas estão anorexas na ilusão de um corpo perfeito? E quantas outras endividadas até o pescoço por pagar muito caro pelos atrativos da beleza?
Tudo gira em torno do amor. Ou melhor, da falta dele. Há tantas Lias ao nosso redor...
A mulher tem necessidade não só de amor, mas também de se sentir amada, querida, aceita, aprovada. Não foi à toa que Deus deixou, para o homem, o dever de amar sua esposa. AMAR!
Por um momento, que é só meu, consigo sentir a dor de Lia.
Quem não consegue? Quem nunca enfrentou a dureza de uma rejeição ou a frieza de um desprezo? Quem nunca passou por isso de ver o “lugar”, que antes era só seu, sendo ocupado por outra mais bonita, mais jovem, mais atraente, mais amada? E por mais que faça, por mais que se esforce, nada muda! Não há dor maior. Para uma mulher, não há.
Não sei o que aconteceu com Lia. Não sei qual foi o desfecho de sua vida de amargura. Não sei quanto tempo ela ainda suportou. Só sei que não consigo enxergar essa história da mesma forma que enxergava antes, cheia de brilho e sonho, num utópico amor perfeito de Jacó e Raquel, o Romeu e Julieta da Bíblia. Não, existe uma Lia também!
Pensar em Lia me fez olhar para a realidade de que vivemos num mundo onde as histórias não têm nada de conto de fada, onde faltam príncipes encantados montados em cavalos brancos e onde o desfecho está bem longe de ser o “felizes para sempre”. Pensar em Lia me deu respostas para muitas coisas que eu vejo acontecer ao meu redor e dentro de mim. Pensar em Lia me fez questionar atitudes, motivações e até o próprio AMOR. E que bom que gerou isso em mim. Tenho muitas perguntas ainda sem respostas, mas pensar nisso me fez sair do ponto em que eu estava para uma jornada ainda desconhecida mas que promete muitas descobertas...

domingo, 20 de novembro de 2011

A Prostituta, o Profeta e o Amor incondicional

Essa história se passa no século 8 antes de Cristo. É uma história de amor, de amor incondicional. Gômer era mulher, filha de Diblaim e prostituta. Oséias era homem, filho de Beeri e profeta. O caminho deles jamais se cruzaria. Era como se um seguisse para a esquerda enquanto o outro firmemente corria para a direita. Oséias vivia para agradar a Deus. Gômer para satisfazer seus amantes. Oséias era admirado e honrado pelas autoridades civis e eclesiásticas. Gômer era desprezada e humilhada. Apontada de longe pelas outras mulheres e usada, como objeto, pelos homens. Oséias era o porta-voz do amor de Deus. Gômer não sabia o que era amor.
E foi esse amor, desconhecido por Gômer, que juntou a vida dos dois.
Num belo dia, quando conversava com Deus, Oséias ouviu uma estranha orientação: era para ele se casar com uma mulher adúltera. Que inusitado! A ordem de se casar já era por si estranha, mas se casar com uma mulher adúltera? Era demais! Quando sabemos de alguma pessoa querida que vai se casar logo perguntamos: “Com quem?”. A preocupação é para saber se a outra pessoa está à altura, se é tão bonito, tão bom, tão legal, tão merecedor para se casar com alguém tão estimado. Creio que esse juízo de valores não era diferente naquela época. Um profeta casar-se com uma prostituta? Que babado! Que escândalo!
Oséias casou com Gômer. Levou-a para sua casa. Deu-lhe seu sobrenome. Comprou-lhe roupas novas. Sentou com ela à mesa. Ele a amou. Teve com ela 3 filhos. Dividiu a sua vida, compartilhou seu coração.
Os anos se passaram, os dois tinham uma vida em comum. Tinham, até Gômer sentir saudade da sua velha vida e voltar para os seus amantes. Ela abandonou seu lar, seu esposo, seus filhos e voltou para as ruas, voltou a se prostituir.
Não consigo imaginar a dor de Oséias. Mas, era a mesma dor de Deus. O casamento de Oséias com Gômer era o símbolo do casamento de Deus conosco. Éramos prostitutos, adúlteros e não conhecíamos o amor verdadeiro. Até que O AMOR entrou em cena. Ele se apresentou a nós e transformou nossa vida. Mas, errantes que somos, demos as costas para ele e voltamos para o lugar de onde viemos.
Oséias poderia ter matado Gômer. Ele poderia tê-la riscado da sua vida. Ele poderia também virar as costas para ela. Mas não foi isso que ele fez. E ele ouviu o que era pra fazer:
“Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles se voltarem para outros deuses”.
Difícil não? Oséias tinha que perdoar a sua esposa e não só isso. Deveria tratá-la com amor e trazê-la novamente para casa. “Por isso eu a comprei por 180 gramas de prata e um barril e meio de cevada. E eu lhe disse: Você viverá comigo por muitos dias; não será mais prostituta nem pertencerá a nenhum outro homem, e eu viverei com você”.
Fico tentando imaginar aquele dia. Oséias sai de casa, com todas as suas economias, e vai até a casa de prostituição, onde Gômer trabalhava para um cafetão e se prostituía dia e noite. Ele entra na casa. Vê sua mulher seminua, se humilhando para receber uns trocados ou um prato de comida. Ela chora. Ela está arrependida de tudo que deixou para trás. Ela está com saudades dos filhos.
Ele se aproxima. O marido traído que abriu mão do seu orgulho coloca agora todo o dinheiro que tem em cima da mesa, olha nos olhos de Gômer e diz: “Venha. Eu me casarei com você de novo e agora para sempre. Eu me casarei com você com justiça e retidão, com amor e compaixão. Venha, vamos voltar para nossa casa, para nossos filhos. Venha, eu vim te buscar!” Consegue vislumbrar o rosto mergulhado em lágrimas de Gômer?
Rsrs... Não, não dá pra entender esse amor. Porque esse não é o amor de nenhum homem. Nenhum dos amantes de Gômer poderia amá-la dessa forma. Esse é o amor incondicional de Deus.
O amor de Deus não se baseia no que eu faço ou deixo de fazer. Não há nada que eu possa fazer para que Ele me ame mais ou menos. Ele me ama e pronto. O amor de Deus não se baseia no meu reconhecimento. Antes de o conhecer, Ele já me amava. O amor de Deus não é vingativo e nem se baseia na justiça própria. Perdão é seu início, misericórdia é seu alimento.
Eu me identifico com Gômer. Eu sou esta mulher indigna. Nada mereço. Nada tenho. Nada sou. Mas, sabe... ELE ME AMA! Com um amor sincero, desprovido de interesse e incondicional. E justamente a mim, que nem O conhecia...

sábado, 5 de novembro de 2011

Eu, a escuridão e o cuidado de Deus

Eram 7h30 e eu tomava banho para ir ao serviço quando o chuveiro ficou gelado. O problema não era no chuveiro, já que eu o trocara há apenas dois dias, e verifiquei depois que todo meu apartamento estava sem luz. “Normal”, pensei. No mínimo deveria ser manutenção da Escelsa, a empresa que presta serviço de iluminação.
Fui trabalhar, tive um bom dia de trabalho. De lá fui a um chá de fraldas muito legal e, por volta das 20h20 cheguei de volta em casa. Abro a porta, toco o interruptor e cadê a luz? Nada. Olhei pela janela e percebi que o problema era só no meu apartamento. Há 12 horas sem luz, o que haveria acontecido?
As contas estavam pagas. O dijuntor de luz não estava quebrado, não houve pane no sistema. Não havia rastro de nada de errado, mas porque então, não havia energia elétrica na minha casa? Por um momento, olhei ao redor e senti o frio irritante da solidão. Já era noite, estava tudo escuro, eu estava cansada e sozinha e com um problema que eu não fazia ideia de como resolver.
Tentei ligar para uma amiga aqui do condomínio e ela não estava em casa. Liguei para a portaria e ele não conhecia nenhum eletricista. Coloquei o interfone no gancho, sentei em meu sofá e no meio do escuro comecei a chorar. E chorei. Sozinha...
Incrível como tantas coisas passaram em minha cabeça numa fração de segundos. Pensei em todas as minhas comidas que estavam na geladeira e iriam se estragar. Pensei nos planos que eu tinha feito para a noite e que seriam frustrados com a falta de luz. Pensei e me lamentei com Deus por não ter um marido que pudesse cuidar de coisas como essas e me acalmar e com certeza eu não estaria chorando...
Pensei em como sou impotente. Em como sou frágil. Em como sou insegura. Em como sou necessitada.
Na última possibilidade de ajuda que me vinha à cabeça, liguei para o meu irmão. Ele estava na casa da namorada, que fica perto da minha, e havia planejado assistir um filme com ela. Pedi para ele vir ao meu encontro. E ele veio.
Confesso que senti mais segurança ao ver meu irmão chegando. Apesar de não entender nada de eletricidade, ele tentou ajudar de todas as formas possíveis. Ele era a primeira provisão de Deus. Ele foi à portaria, foi olhar o relógio de luz central e descobriu que o meu, apenas o meu, estava queimado.
O porteiro me orientou a ligar para a Escelsa, a vizinha ao me ver no escuro me deu duas velas, meu irmão, se acomodou no sofá e começou a conversar. Eu estava nervosa, mas Deus estava providenciando tudo.
O tempo foi passando e a conversa com meu irmão foi me deixando mais calma. Falamos sobre Deus, sobre a vida dEle em nós, sobre sua forma de agir e sem perceber estava exatamente vivendo a nossa conversa.
A fome chegou e mesmo no escuro decidi fazer algo para comer. Preparei a mesa, à luz de velas, para o jantar entre eu e meu irmão. Antes de comer, chorando, agradeci, lembrando da parte da Bíblia que diz que em tudo podemos dar graças. A comida ficou boa, a conversa estava edificante e meu coração ficou tranquilo quando entreguei tudo nas mãos do Pai. E, na última garfada do nosso jantar, os técnicos da companhia de luz elétrica chegaram para resolver o problema. E em 10 minutos resolveram.
A energia foi restabelecida, minha geladeira voltou a funcionar e as comidas não se estragaram, nenhum equipamento pifou e meu irmão foi embora.
Olhando para toda essa situação percebo o cuidado de Deus em tudo. Ele me deu segurança através do meu irmão, me deu orientação através do porteiro, me deu provisão através da vizinha... Deus cuidou de mim. Ele cuida de nós. Ele é nosso pai, é nosso irmão, é nosso marido. Ninguém nunca estará sozinho, enquanto estiver com o Senhor. Nem mesmo quando tudo tiver escuro... Ele é a luz, Ele é a lâmpada! Como Ele me constrange com sua fidelidade, com sua bondade e com seu amor que me sustentam hoje e que duram para sempre e sempre e sempre...

domingo, 23 de outubro de 2011

Poema para as TãoDignas

Queimada pelo Sol, castigada pelo tempo, as marcas no seu rosto retratam as experiências que viveu.
Seus ombros se curvam, mas não caem, eles suportam um peso que é só seu.
E se na jornada da vida eu pergunto seu nome, você me diz: “Ninguém é tão forte como eu!”

Por humilhação já passou, por injustiça também. Ninguém sabe que antes você foi tratada com desdém.
Se no coração há uma tristeza, esquecer te fará bem. Mas perdoar nunca foi fácil e nunca será para ninguém.
E se na jornada da vida eu pergunto o seu nome, você me diz: “Sou tão comum como qualquer alguém!”.

Se te faço perguntas é para saber quem você é.
Para tentar descobrir a dor, o prazer e a garra de ser mulher.
Não terei as tuas mãos, as mesmas da disciplina e do cafuné.
Mas posso acompanhar os teus passos, seguindo perto, seguindo a pé.
E nessa jornada da vida, mais uma vez eu pergunto seu nome e você me diz: “Sou tão peregrina, venha ver como é que é!”

Fortaleça seus braços e de dignidade se vista.
Não olhe o passado, mas diante do futuro, sorria.
Esse é o seu galardão, esta é a sua vida.
Que na cruz foi resgatada e por Cristo redimida.
Ele levanta seu rosto, te olha nos olhos e de uma vez por todas o teu nome pronuncia: “Tão mulher, tão bela, TÃODIGNA!”


P.S.: Fiz esse poema para a primeira formatura. TãoDignas é o nome do grupo de mulheres da comunidade de Flexal 2 que caminha junto com a gente já há mais de 2 anos. Hoje, elas têm uma cooperativa de costura. Deus tem feito grandes coisas entre elas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Meu problema... Um auto-retrato.

Meu problema é que sou simples
Não combino roupa e nem disse-me-disse
Se a tarefa é árdua, eu te chamo pra brincar.

Meu problema é que sou insegura,
Tenho uma vontade grande mas as pernas curtas
E um medo tremendo que me impede de caminhar.

Meu problema é que sou passional,
Como feijão com arroz mas minha fome é emocional
E ela tira o meu senso e me faz desmaiar.

Meu problema é que sou romântica
Visto calças compridas mas queria usar tranças
Para que através delas você viesse me buscar.

Meu problema é que sou inteligente
Não tenho silicone nem paro o trânsito de repente
Nem uso esses critérios para me apaixonar.

Meu problema é que sou sincera
Guardo os meus lábios mas o olhar me entrega
Depois me arrependo de a ti confessar.

Meu problema é que sou brasileira
Não desisto nunca, esse é o meu lema
E continuo vivendo num eterno sonhar.

Meu problema é que sou mulher
Frágil? Sim. E também forte quando requer
Com esmalte e batom, a guerreira a lutar.

Meu problema é que tenho problemas
Tenho crises e defeitos. Eu não sou perfeita
Mas nada mais eu te peço, a não ser o teu amar.

sábado, 14 de maio de 2011

ARRUME O CABELO! LAVE O ROSTO!

Essa semana, em meu estudo devocional, li alguns escritos de Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) e me chamou bastante atenção o que ele escreve sobre uma passagem bem conhecida da Bíblia a respeito do jejum: “Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto...” (Mt 6:16-18a).
Ele discorre sobre o significado de arrumar o cabelo, ou ungir a cabeça, e de lavar o rosto. Ensina que durante o jejum, a pessoa deve se encher de alegria (ungir a cabeça) e guardar o coração de toda e qualquer impureza (lavar o rosto), além, é claro, do significado óbvio que é o de não ostentar, ou não se ensoberbecer, no pano de saco.
Fiquei refletindo sobre isso e se essa instrução também não se aplica quando algo “ruim” nos acontece, quando somos frustrados em nossos planos ou quando simplesmente ouvimos ‘NÃO’ de Deus. É comum, ao sermos desapontados, mostrarmos a nossa ‘cara emburrada’ ao mundo. Nós nos sentimos no direito de mostrar que estamos tristes, emburrados, chateados, desapontados... Esperamos que alguém note e venha nos perguntar o motivo do nosso ‘cabelo desarrumado’ e de nosso ‘rosto feio’. E se isso acontece está aí a oportunidade de despejar toda nossa amargura, insatisfação, revolta e raiva. Mas, ainda que seja tão comum isso acontecer, não é isso que Deus nos ensina.
Quando os filhos do sacerdote Arão foram mortos por oferecerem sacrifício profano a Deus, Moisés foi incisivo com Arão e seus outros filhos: “Não andem descabelados, nem rasguem as roupas em sinal de luto, senão vocês morrerão e a ira do Senhor cairá sobre toda a comunidade. Mas os seus parentes, e toda a nação de Israel, poderão chorar por aqueles que o Senhor destruiu pelo fogo” (Lv 10:6).
Deus não nos impede de chorar por nossos lutos, nem de lamentar o que foi perdido ou não deu certo, mas ele nos adverte sobre o que nosso comportamento público pode gerar nas outras pessoas. E Arão tanto entendia isso, que ficou em silêncio, mesmo em face da morte dos dois filhos (Lv 10: 3). Ele sabia que qualquer manifestação da sua parte poderia gerar algo ruim entre o povo. Ora, ele era o sacerdote e seus filhos foram mortos. Toda a nação o respeitava, o amava e sentia a sua dor. Qualquer manifestação de revolta de sua parte poderia gerar, por consequência e em dimensões muito maiores, uma revolta em massa contra Deus.
Ele sabia do erro de seus filhos e que o Senhor os havia punido com justiça. Mas a comunidade entenderia dessa forma se ele se descabelasse e rasgasse suas vestes? Se ele tivesse feito isso, que tipo de sentimento e de atitude ele geraria entre o povo? Talvez raiva do Senhor? Talvez divisão entre o povo de Deus? Talvez uma apostasia da fé?
O que muitas vezes não percebemos é que ignoramos essa advertência e, inconscientemente ou não, manipulamos as pessoas a terem uma visão equivocada sobre o caráter de Deus. E o caráter de Deus é esse: Ele é amor. Sua vontade é boa, perfeita e agradável, seus planos são de paz e TODAS as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Arrumemos os nossos cabelos e lavemos os nossos rostos, pois, sendo da forma que esperamos ou não, Deus sempre tem o melhor para nós!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A BORBOLETA

Já estavam todos sentados e com os olhos fechados. Passava um pouco das 8 horas, horário que – na base da Jocum – separamos para a intercessão. Talvez só eu estava com os olhos abertos, naquela quente terça-feira, sentada numa das cadeiras brancas de plástico da base e ao redor da mesa oval que compõe o refeitório. Gosto daquela mesa. Ela tem uma base de concreto ou de pedra, não sei bem. E o tampo dela é de madeira, oval, imponente... Acho-a muito bonita, mas não foi a mesa que me chamou a atenção naquela manhã.
Talvez estivesse na quinta ou sexta oração quando algo caiu ao chão e me chamou a atenção. Não só minha, de uma aluna também que estava ao meu lado. Em silêncio e tentando não atrapalhar os outros, nós nos aproximamos. Era uma borboleta saindo do casulo.
Eu conheço a história da lagarta que vira borboleta. Sempre gostei dessa “parte” da natureza, tem um “Q” de romantismo como nas histórias de conto-de-fadas em que a gata borralheira vira a princesa. Na verdade, nunca tinha visto isso acontecer realmente. Sempre desconfiei daqueles documentários em que a câmera zoom flagrava o exato momento da borboleta surgindo, achava que era mais um truque de cinema. Mas agora, estava eu ali, observando tudo e achando que apenas mataria minha curiosidade e nada mais.
A borboleta caiu da parte inferior do tampo da mesa. Seu casulo deveria estar preso ali, em algum lugar, mas não se equilibrou com a luta desesperada da borboleta em se livrar daquela casa apertada e começar a voar. Ela se debatia no chão. Seus pezinhos (ou seriam as patinhas?) se esforçavam pra romper o casulo. Era como se ela usasse número 40 e estivesse num jeans tamanho 36. Que luta! Ela tentava com todas as suas forças, dava a última energia que tinha e depois aquietava, como se estivesse tomando fôlego para mais uma tentativa. Ela não desistia. Seu esforço a fazia dançar no chão, girava, voltava para o mesmo lugar, parava, recomeçava... Coitada! Não tínhamos como ajudá-la. Qualquer toque dos meus dedos, ainda que da forma mais delicada, poderia estragar tudo. Também temia que ela não conseguisse. Percebi os olhares atentos de um pardal. Com certeza, ele esperava a nossa saída para preparar seu almoço. E eu ali torcendo para que ela conseguisse sair logo do casulo.
A essa altura eu não sabia mais o que acontecia ao meu redor. Nem em que pé estavam as orações e intercessões. Sem constrangimento algum, estava absorta na borboleta e em sua gana de se desprender daquilo que a limitava, daquilo que lembrava sua antiga vida como lagarta, daquilo que a impedia de voar...
Ora, por pior que fosse aquele momento, era um momento mágico. Um período de transição únicoque aquela borboleta só viveria uma vez. Parece tão simples, mas que interessante como coisas simples conseguem ministrar às nossas vidas. Quantas vezes não somos como aquela borboleta? Quantas vezes não passamos por essa mesma fase de transição? Ansiamos por voar. Ansiamos por nos desprender, desembaraçar-nos daquilo que nos impede de prosseguir. Não suportamos mais a velha vida, nem nada que a lembre, queremos ir, voar, sair do chão e ganhar as alturas. Sim, nós somos como as borboletas.
Porém, creio que algo nos difere. A borboleta não desistirá até sair completamente do casulo. Ela sabe que sua vida depende disso. Ela não conseguirá sobreviver se parte do seu minúsculo corpinho ainda estiver dentro do casulo. Ela não descansará enquanto não deixar completamente aquela casca. Que bom seria se tivéssemos essa mesma determinação, de não desistir, de não voltar atrás, de não se acomodar, de não descansar até que a obra em nossas vidas esteja completa. É o ciclo da vida para a borboleta. É a plenitude da vida para nós.
Saí do refeitório e deixei a borboleta lá, não poderia mais acompanhá-la. Não sei qual foi o desfecho de sua dura missão, nem ao menos se ainda vive pelos jardins lá da base. Mas sei que ela penetrou em meus pensamentos e me fez refletir. E me fez questionar. E me fez desejar sair dos casulos da minh’alma. E me fez sonhar com o dia em que serei totalmente livre pra voar de volta ao jardim da minha saudosa e eterna casa...

quarta-feira, 16 de março de 2011

O VENTO DO CATAVENTO

Pelo quinto ano consecutivo, estávamos nós, a caminho de Guriri, para mais um impacto evangelístico de carnaval. A previsão era de chuva para todo o feriado, mas os planos dos foliões de passar esses dias no balneário mais badalado do Estado continuavam de pé, e os nossos, de ir para lá, também.
Chegamos de madrugada, talvez às 4 horas, não lembro... Para quem acordoumuito cedo, precisar algum horário depois da meia-noite é um pouco complicado. Nossa casa, nosso quartel general, nossa igreja e nosso refúgio nesses dias era um colégio. Em poucos minutos as salas foram ocupadas e tivemos algumas horas de descanso.
O sábado de carnaval amanheceu nublado, como amanheceria todos os dias seguintes. A metereologia estava certa e a chuva não daria trégua! Quando chegou a noite e com ela a minha responsabilidade de levar uma reflexão à equipe, pudemos compartilhar um pouco do sentimento de Cristo com relação às multidões. “Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão (EM GURIRI), teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas...”(Mc 6: 34).Meditamos sobre compaixão e sobre duas palavras que nunca andam juntas: CRISTIANISMO e CONFORTO. O que Jesus faria se pudesse caminhar pelas ruas de Guriri em pleno carnaval de 2011?
Mesmo debaixo de chuva, fomos para a avenida. Nosso ‘abadá’ verde nos uniformizava e chamava a atenção das pessoas. Não foi difícil notar os olhares curiosos, alguns maldosos e outros bastante maliciosos sobre nós. Mas saímos do colégio com a proposta de termos sobre aquela multidão o mesmo olhar compassivo de Jesus.Percebemos, então, a grande presença de crianças nas ruas.
A chuva acelerou a nossa volta, mas não aquietou nossos pensamentos que ficaram lá, naquela grande multidão de crianças nas ruas do carnaval, expostas a todo tipo de violência, abuso e exploração. O dia seguinte seria longo e ainda na caminhada de volta ao colégio começamos a planejar o que faríamos para alcançar nossos pequenos foliões. É claro que Deus já havia compartilhado algumas ideias principalmente com quem já estava acostumado a trabalhar com as crianças. E, uma das estratégias, era a fabricação de cataventos.
Nunca fiz um catavento. Na verdade, até o carnaval nem sabia qual a utilidade de um,principalmente qual seria o propósito de um desses em Guriri. Mas, saímos na tarde de domingo soprando bolinhas de sabão, fazendo peças teatrais infantis e com os cataventos na mão. Arranjamos um lugar coberto – que seria o nosso point nos outros dias – instalamos nossos equipamentos e chamamos as crianças.
Eu encontrei o André. Um menino de 5 ou 6 anos que estava com sua irmã em Guriri. Ele veio assistir as peças e, com olhar atento, não perdia nada do que acontecia. Ele sentou-se bem ao meu lado e eu, ao lado dele, estava com um catavento na mão.
“- André, você sabe como o catavento se move?”, perguntei.
“-Não!”, ele respondeu rapidamente. Eu, então, fiz como o tio Roland havia me ensinado. Empurrei o catavento pra frente e pra trás e soprei, fazendo vento e fazendo o catavento girar.
“- É o vento que faz ele girar!”, deu um grito, como quem faz uma grande descoberta.
“-Sim, é o vento. Você acertou. Mas, e se esse catavento fosse você? Quem seria o vento que te moveria, André?”, perguntei. Não esperava que ele fosse me dar uma resposta, na verdade, já me preparava pra reparar minha pergunta, trocar por uma outra “mais fácil”. Mas, antes mesmo que eu formulasse algo, André me surpreendeu.
“-É Deus, tia. Ele é o vento do catavento!”.
Não, não fiquei boquiaberta e nem espantada. Fiquei fascinada pela forma como Deus se revela. Ele é simples e se mostra de forma simples aos simples! Não falei mais nada para o André, apenas sorri para ele, mostrando toda minha aprovação e felicidade por sua resposta. Outras crianças chegaram, a programação continuou, muitas outras coisas aconteceram à noite e nos demais dias. Pessoas foram impactadas, quebrantadas, reconciliadas com Cristo. O VENTO DO CATAVENTO não somente marcou a minha tarde de domingo, como moveu o coração de muitas pessoas naquela multidão. Moveu o meu, moveu o de André, moveu o da multidão e continuará movendo com seu sopro de vida, com seu olhar de compaixão...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Chá de Panela Virtual

Gente, estou de casa nova! Eu me mudei, agora no início do ano, para o meu apartamento. Na verdade, é um apErtamento, como diz meu pai, rs..., mas é bem aconchegante e acolhedor. Desde já, vc é meu convidado para uma visita. Mas avisa antes tá? Sabe como é né? Pra dar tempo de fazer uma comidinha bem gostosa e te receber! Como estou lá há pouco tempo está faltando algumas coisinhas. Se vc quiser me trazer de presente...rs... Aí vai a lista:

- Uma vassoura de pelo;
- Um conjunto de potes para guardar alimentos (feijão, arroz, café, etc...)
- Um porta temperos;
- Um porta papel toalha de fixar na parede;
- Uma tampa de vaso sanitário redonda e branca;
- Uma torneira de cozinha com filtro, para fixar na parede;
- Um micro-ondas;
- Um liquidificador;
- Um galão de tinta para parede de 1,8 litro, a base de água, cor: verde musgo;
- Um galão de tinta para parede de 3,6 litros, a base de água, cor: creme;
- Lixas para madeira e parede;
- 250gr de argamassa;
- Tinta branca para madeira (para pintar um armário de 3 partes);
- Verniz para madeira;
- Mão de obra de um pintor de parede;

Se vc quiser ajudar doando algumas dessas coisas, eu serei muito grata! Não esqueça de me avisar para que eu possa retirar o item da lista e não ganhar nada repetido!

Contato: fabiana.tostes@hotmail.com

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Agência: 1034
Conta Poupança: 03990-0
Operação: 013

BANCO DO BRASIL
Agência: 3480-0
Conta Corrente: 10.138-9

Obrigada e que Deus te abençoe!