Bom, já que todos estão se despedindo de você, eu também vou. Algumas pessoas preferem pular suas últimas ondas na praia, acender velas pra iluminar seus últimos minutos, mas eu decidi te escrever uma carta, ano de 2009! Uma carta de despedida! Afinal, a gente aprende, como parte da boa educação, a sempre se despedir de quem parte.
Não sei pra onde vc vai, para ser bem sincera, não vou ficar com muita saudade de vc não, mas não posso negar que vc foi um ano marcante. Aliás, vc começou de uma forma fascinante! E claro, que me deixou fascinada também! Mas também, quem não se enche de expectativa e de esperança no início de mais um ano? E eu tinha muitos motivos... Por um momento desejei que seus dias não passassem, que o tempo parasse... Eu estava acordada, mas na verdade estava sonhando! Sabe que por um momento achei que vc fosse ganhar o título de ‘O ano mais feliz da minha vida!’? É, eu estava disposta a te premiar sim, vc realmente me impressionou muito! Mas então, o tempo passou né... E vc decidiu sair do alcance das minhas mãos. Sim, você sabia que eu adorava ter o controle de tudo e te controlar era mais do que natural para mim, mas vc fugiu entre os meus dedos e eu sofri. Eu chorei sabia? E vc nem viu...
Eram tantos projetos, tanto trabalho... Confesso que não parei para olhar seu pôr-do-sol. E nem percebi a chegada do outono. As folhas caíam e meus olhos só notavam o que havia dentro de mim. Tenho que confessar tb que não fui fiel a vc. Eu te fiz tantas promessas... Cumpri tão poucas. Sim, sou culpada de algumas, mas outras não dependeram de mim, sorry! Perdi tanto tempo...
Mas vc não precisava ser tão vingativo! Não, não quero me fazer de vítima não, mas vc pegou pesado comigo. Foram horas, dias, meses perguntando pra vc o que estava acontecendo e vc sempre me deixando sem respostas. O que eu podia fazer? Desejei que vc terminasse logo, que vc partisse logo... Oras, eu nunca fui muito sábia e achava que com a sua partida as coisas iriam melhorar. Mas vc me mostrou que não era bem assim. Vc não poderia partir sem me ensinar algumas coisas. Então, apesar de não concordar muito com a sua didática, eu quero te agradecer. E a primeira coisa que agradeço é pelas longas noites em claro. Nas primeiras noites eu chorei, nas seguintes eu refleti e nas últimas eu pude acompanhar o nascer do Sol. Também te agradeço pelas lágrimas. As primeiras foram de dor, as seguintes de raiva, mas hj elas são apenas de louvor! Ah, também te agradeço pelos sorrisos, que primeiro eram amarelos, depois forçados, mas agora são verdadeiros. Legal isso né? Sabe qual o nome? Crescimento. E posso te dizer que isso foi algo notório em minha vida neste ano. Mas é claro que continuo a ter 1,56 m. de altura...rs...
Ah, também junto contigo descobri algumas coisas em mim que precisavam ser consertadas. Eu não preciso ter o controle, eu posso entregá-lo a alguém mais qualificado! Caramba, se isso não acontecesse esse ano, nem sei o que seria de mim no próximo. Vi o quanto minha visão sobre Deus, sobre mim mesmo e sobre os outros estava distorcida e reconhecer isso foi mais difícil do que mudar. O espelho da minh'alma mostrou o quão horrível eu estava. Olha, muito obrigada mesmo por ter sido um instrumento a me abrir os olhos. É, porque eu sinto te informar que vc foi usado, viu 2009. E usado por Deus, para que tudo isso acontecesse. Não briga comigo não, vai falar com Ele!
Obrigada também por ter me ajudado a investir mais em meus dons e talentos. Da sua metade pra cá eu vi o quanto isso foi desenvolvido em meu ministério. Eu fiquei surpresa. Acho que fiz um bom trabalho.
Ah, como ia me esquecendo... Obrigada tb por ter proporcionado momentos excelentes com minha família, amigos e pessoas que conheci esse ano. Amo pessoas e suas histórias e aprofundar a amizade com muitas delas foi realmente maravilhoso!
Então... Agora a poucos dias de sua partida vejo que tenho mais motivos para agradecer do que para lamentar. Não sei se o próximo ano será como vc, espero que não (nada contra, é porque eu gosto de novidades!!!...rs), mas eu me despeço de vc sem mágoas, sem pendências e grata por tudo, exatamente por tudo que aconteceu. E se eu tivesse uma chance de voltar ao tempo sabe o que eu faria? Eu não mudaria nada, exatamente nada, viveria vc, com toda a intensidade que vivi. Vc parte, mas muito de vc ficará aqui, em minhas lembranças e cicatrizes. Prometo não ser tão nostálgica (como se eu conseguisse!!!), tentar não repetir os mesmos erros, e conquistar coisas novas com as armas que vc me deu. Ah, e prometo ser boazinha tb...rs...
E que venha 2010!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
A Chuva Passou...
É normal ao fim de cada ano olharmos para trás e fazermos um balanço sobre como foi a passagem de mais uma temporada. Não sei quem nos ensinou a ter essa postura, mas isso nos leva à reflexão e normalmente nos dá como resposta um ‘termômetro’ a ser usado no próximo ano. Tentamos então, para o futuro, melhorar o que fizemos bem e evitar o que fizemos mal.
Mas antes de falar de como foi o meu ano, gostaria de compartilhar sobre um episódio da série Nooma, do pastor Rob Bell, chamado Rain (Chuva), que assisti por esses dias. Talvez eu o consiga postar aqui no blog. E nesse episódio, o pastor conta uma experiência marcante que ele teve com o filho de um ano de idade. Num belo dia ensolarado, os dois saíram a passear pela floresta (não, não é a história da Chapeuzinho Vermelho!). O bebê estava numa dessas mochilas para carregar bebê, nas costas do pai, e os dois apreciavam o cenário de árvores, pássaros e barulhos exóticos. Foi aí que, de repente, começou a chover e o pai retornou, porém, ele já tinha andado bastante e mesmo que ele corresse não poderia evitar que seu bebê tomasse toda aquela chuva torrencial que caía.
O bebê ficou com medo dos raios e trovões e começou a chorar, a gritar, a berrar com toda a força dos seus pulmões e o pai o tirou do carregador e o colocou de encontro ao seu peito, tentando ao máximo protegê-lo, sussurrando ao seu ouvido que ele o amava e que estava ali. Eles chegaram em casa e para Rob foi a experiência mais íntima, mais profunda, mais marcante que ele tinha tido com seu filho.
No entanto, imagine que o bebê cresça e questione ao seu pai do porquê dele ter permitido que ele passasse por aquela tempestade. Talvez ele falaria coisas do tipo: “Você não me ama, porque se me amasse não permitiria que eu passasse por isso!” ou “Onde você estava quando eu chorei, quando eu gritei? Você me deixou sozinho!” ou ainda “Por que você não fez nada?”. Quão frustrante seria para o pai ouvir tais perguntas da experiência que ele imaginava ser a melhor de suas vidas.
Assistir a essa história foi impactante pra mim, porque olhando para os últimos 12 meses, posso dizer que eu tive um ano bastante difícil. Talvez o mais difícil desde 1998. Atravessei um deserto de perdas, conflitos e trevas profundas que me deixaram à beira de uma crise emocional e existencial. Engoli lágrimas amargas, desabei diante de gigantes que só eu enxergava, por várias vezes perdi a batalha contra mim mesmo. Eu me sentia sozinha, incompreendida e perdida. E não foram poucas as vezes nesse período que, insensatamente, questionei a soberania e o amor de Deus por mim.
Ao escrever sobre o ano de 2009 confesso que as primeiras lembranças são desse período de lutas e tempestades e por isso nutri o desejo de que o ano terminasse depressa. Não que eu acredite que possa haver um passe de mágica na passagem de 31 de dezembro, mas a gente aprende a acreditar que algumas coisas só o tempo pode resolver. Mas ainda que sejam as primeiras lembranças, essas não são de forma alguma, as que mais pesam na balança.
Percebi que mesmo diante de tudo isso, em todo o tempo, ao longo deste ano, o Pai estava comigo. Ele não queria que eu passasse pela tempestade, mas Ele a passou comigo, me ajudando a crescer, a mudar, a abandonar comportamentos destrutivos e a, principalmente, olhar para Ele.
Ele me apertou bem forte contra seu peito quando eu senti medo dos raios e trovões...
Ele me carregou nos braços quando eu não tinha mais forças para caminhar...
Ele disse que me amava e que estava perto quando eu mais me senti sozinha...
Ele me fez entender que ainda que a minha tempestade durasse um ano, a alegria brilharia ao amanhecer...
E isso faz toda a diferença! Sim, foram momentos difíceis, mas hoje – mais forte e curada – também me sinto mais preparada para os desafios que se aproximam. É como se apenas agora a primavera começasse a florescer. Claro, há sempre ‘N’ coisas para se aprender, mas uma coisa é certa: Eu não sou mais a mesma Fabiana e, já passada a chuva, posso olhar para o céu e ver as nuvens carregadas dando espaço aos raios de Sol e ao lindo arco-íris que me traz à memória a aliança eterna de Deus para comigo!
Desafios
- Bom, e como o tempo não pára, semana que vem estou viajando para a Assembléia Nacional da Jocum em Goiás. Peço que orem por mim, pela viagem e para que o tempo lá seja bem edificante.
- Também estou levantando mantenedores que desejam caminhar comigo durante o próximo ano. Quero te desafiar a orar sobre isso. Você pode somar comigo!
- Ainda estou orando por uma filmadora profissional para desenvolver os documentários com fundamentos cristãos em nossa base. Fique bem à vontade para ser resposta nesse propósito.
E para aqueles que não falarei até o final do ano, desejo que tenham um feliz natal e que Deus possa renovar os sonhos de cada um para o ano que se aproxima. Que venha 2010!
Mas antes de falar de como foi o meu ano, gostaria de compartilhar sobre um episódio da série Nooma, do pastor Rob Bell, chamado Rain (Chuva), que assisti por esses dias. Talvez eu o consiga postar aqui no blog. E nesse episódio, o pastor conta uma experiência marcante que ele teve com o filho de um ano de idade. Num belo dia ensolarado, os dois saíram a passear pela floresta (não, não é a história da Chapeuzinho Vermelho!). O bebê estava numa dessas mochilas para carregar bebê, nas costas do pai, e os dois apreciavam o cenário de árvores, pássaros e barulhos exóticos. Foi aí que, de repente, começou a chover e o pai retornou, porém, ele já tinha andado bastante e mesmo que ele corresse não poderia evitar que seu bebê tomasse toda aquela chuva torrencial que caía.
O bebê ficou com medo dos raios e trovões e começou a chorar, a gritar, a berrar com toda a força dos seus pulmões e o pai o tirou do carregador e o colocou de encontro ao seu peito, tentando ao máximo protegê-lo, sussurrando ao seu ouvido que ele o amava e que estava ali. Eles chegaram em casa e para Rob foi a experiência mais íntima, mais profunda, mais marcante que ele tinha tido com seu filho.
No entanto, imagine que o bebê cresça e questione ao seu pai do porquê dele ter permitido que ele passasse por aquela tempestade. Talvez ele falaria coisas do tipo: “Você não me ama, porque se me amasse não permitiria que eu passasse por isso!” ou “Onde você estava quando eu chorei, quando eu gritei? Você me deixou sozinho!” ou ainda “Por que você não fez nada?”. Quão frustrante seria para o pai ouvir tais perguntas da experiência que ele imaginava ser a melhor de suas vidas.
Assistir a essa história foi impactante pra mim, porque olhando para os últimos 12 meses, posso dizer que eu tive um ano bastante difícil. Talvez o mais difícil desde 1998. Atravessei um deserto de perdas, conflitos e trevas profundas que me deixaram à beira de uma crise emocional e existencial. Engoli lágrimas amargas, desabei diante de gigantes que só eu enxergava, por várias vezes perdi a batalha contra mim mesmo. Eu me sentia sozinha, incompreendida e perdida. E não foram poucas as vezes nesse período que, insensatamente, questionei a soberania e o amor de Deus por mim.
Ao escrever sobre o ano de 2009 confesso que as primeiras lembranças são desse período de lutas e tempestades e por isso nutri o desejo de que o ano terminasse depressa. Não que eu acredite que possa haver um passe de mágica na passagem de 31 de dezembro, mas a gente aprende a acreditar que algumas coisas só o tempo pode resolver. Mas ainda que sejam as primeiras lembranças, essas não são de forma alguma, as que mais pesam na balança.
Percebi que mesmo diante de tudo isso, em todo o tempo, ao longo deste ano, o Pai estava comigo. Ele não queria que eu passasse pela tempestade, mas Ele a passou comigo, me ajudando a crescer, a mudar, a abandonar comportamentos destrutivos e a, principalmente, olhar para Ele.
Ele me apertou bem forte contra seu peito quando eu senti medo dos raios e trovões...
Ele me carregou nos braços quando eu não tinha mais forças para caminhar...
Ele disse que me amava e que estava perto quando eu mais me senti sozinha...
Ele me fez entender que ainda que a minha tempestade durasse um ano, a alegria brilharia ao amanhecer...
E isso faz toda a diferença! Sim, foram momentos difíceis, mas hoje – mais forte e curada – também me sinto mais preparada para os desafios que se aproximam. É como se apenas agora a primavera começasse a florescer. Claro, há sempre ‘N’ coisas para se aprender, mas uma coisa é certa: Eu não sou mais a mesma Fabiana e, já passada a chuva, posso olhar para o céu e ver as nuvens carregadas dando espaço aos raios de Sol e ao lindo arco-íris que me traz à memória a aliança eterna de Deus para comigo!
Desafios
- Bom, e como o tempo não pára, semana que vem estou viajando para a Assembléia Nacional da Jocum em Goiás. Peço que orem por mim, pela viagem e para que o tempo lá seja bem edificante.
- Também estou levantando mantenedores que desejam caminhar comigo durante o próximo ano. Quero te desafiar a orar sobre isso. Você pode somar comigo!
- Ainda estou orando por uma filmadora profissional para desenvolver os documentários com fundamentos cristãos em nossa base. Fique bem à vontade para ser resposta nesse propósito.
E para aqueles que não falarei até o final do ano, desejo que tenham um feliz natal e que Deus possa renovar os sonhos de cada um para o ano que se aproxima. Que venha 2010!
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