Deus é especificamente fiel e fielmente específico. Ele se importa com detalhes da mesma forma que se importa com qualquer outra coisa que julgamos grande. O universo é tão importante quanto o pardal. As nações são tão importantes quanto às vielas. As questões mundiais são tão importantes para Ele quanto os conflitos que me cercam...
E como é bom saber disso, como é bom viver isso!
Há alguns meses, durante uma das minhas ‘crises existenciais’, aquelas que algum dia irão cercar todos aqueles que aceitaram o desafio de viver, Deus falou algo ao meu coração: ‘E a glória da segunda casa será maior que a da primeira’. Conheço esse texto, já meditei sobre ele e nem precisaria abrir a Bíblia para saber o que Deus queria dizer para mim, mas por algum motivo, que só hoje sei o porquê, abri e fui ler mais sobre esse texto que se encontra no livro de Ageu, capítulo 2.
O que eu queria ler estava no versículo 9, mas comecei no início do capítulo que diz assim: “No vigésimo primeiro dia do sétimo mês, veio a palavra do Senhor ... Coragem! Ao trabalho, ó povo da terra! ... Porque eu estou com vocês...” (v. 1, 4).
Não sou mística, há muito tempo deixei de acreditar em numerologia, não conheço nada de calendário hebraico, mas esses versos me chamaram a atenção. Principalmente a sua data...
Marquei na minha Bíblia e fiquei esperando que chegasse o dia 21 de julho. Na verdade, meu coração ficou em suspense, pois queria muito que algo acontecesse. Coloquei minha esperança a esperar que uma situação se ajustasse, que minha vontade fosse feita. Idealizei, sonhei, planejei... Fiz um zilhão de projetos em cima da minha interpretação do que seria ‘A glória da segunda casa maior do que a primeira’. Esperava receber, esperava ganhar, esperava reatar...
Mas os dias foram se aproximando e o que estava ruim tornou-se pior, na minha concepção. Não acreditava no que os meus olhos viam. Meus ouvidos buscavam uma explicação e não encontravam. Meu coração entrou em pânico e tudo que eu desejava era dormir e acordar no outro dia como quem desperta de um pesadelo. Mas isso não aconteceu...
E, como dizia Cazuza, o tempo não pára, 21 de julho chegou. E de uma forma muito especial (obrigada tio Roland!) compreendi que a ‘glória’, ‘a segunda casa’ e a ‘primeira casa’ podem ser bem diferentes e do que a minha limitada mente possa imaginar...
Não ganhei, mas tive oportunidade de dar...
Não lutei por um direito, mas abri mão do meu...
Não fiz a minha vontade, mas preferi a de Deus... E Deus, mais uma vez, mostrou-se fiel.
E agora, como é bom sentir a brisa leve que entra na segunda casa...
Como é empolgante acompanhar seus muros serem reconstruídos...
Como é agradável exalar o cheiro das flores que começam a desabrochar...
Como é fantástico ver que suas colunas estão bem firmadas e que nada mais a irá abalar!
Como é maravilhoso voltar a sorrir!
E no vigésimo primeiro dia do sétimo mês foi o dia que Deus escolheu para marcar para sempre a minha vida! Especificamente fiel e fielmente específico!
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